Vinho e cerveja ajudam o aparelho digestivo a trabalhar mais rápido.
Bebidas estimulam formação de ácidos no estômago e aceleram o seu esvaziamento.
De tempos em tempos surgem pesquisas que apontam algum tipo de alimento ou bebida como um vilão injustiçado. Foi assim com o café, o chocolate e o ovo. Primeiramente vistos como uma ameaça à saúde, eles recebem a absolvição depois de estudados por equipes de pesquisadores. A contradição entre o que era proibido por fazer mal ao organismo e descobertas que aliviam a fama dos escolhidos confunde as pessoas. A cerveja e o vinho fazem parte dos itens que já foram considerados um veneno ao corpo e que agora gozam de uma boa fama.
Cientistas anunciaram que bebidas alcoólicas aceleram o esvaziamento de alimentos do estômago e estimulam o ácido gástrico.
De acordo com um estudo realizado por pesquisadores alemães, publicado no jornalGut, o efeito benéfico acontece somente a partir de bebidas fermentadas (vinho e cerveja), mas não a partir de bebidas que eram fermentadas e também destiladas, como rum, conhaque e uísque. "Os elementos constituintes da bebida alcoólica que estimulam a liberação de ácido gástrico são, em sua maioria, provavelmente produzidos durante o processo de fermentação e removidos durante a destilação", diz a pesquisa.
De acordo com o gastroenterologista Bruno Daniel Chaves, ter prudência na hora de encher o copo ou a taça é extremamente necessário para que tanto o vinho quanto a cerveja possam, de fato, fazer bem a saúde. O especialista explica que a moderação evita que outros órgãos do corpo sejam sobrecarregados. "Se houver uma ingestão contínua de álcool, o fígado será afetado. Já em episódios ocasionais, como um happy hour, o grande prejudicado é o estômago, que fica irritado e pode até provocar uma gastrite alcoólica", diz.
A harmonia entre o vinho tinto e a carne vermelha também é explicada pelo estudo alemão. Segundo o levantamento, a proteína suaviza as taninas do vinho tinto e ajuda a contrabalancear substâncias potencialmente prejudiciais - gorduras oxidadas chamadas de MDA, ou malonaldeídos, que são liberadas quando a carne é ingerida.
Assim como a cerveja, a quantidade ingerida deve ser controlada para não prejudicar a saúde. De acordo com Bruno, não é recomendável ultrapassar os 480 ml diários. O ideal, diz o especialista, é beber apenas uma taça de 250 ml.
Assim como a cerveja, a quantidade ingerida deve ser controlada para não prejudicar a saúde. De acordo com Bruno, não é recomendável ultrapassar os 480 ml diários. O ideal, diz o especialista, é beber apenas uma taça de 250 ml.
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